Cartaz publicitário - "Midnight Cowboy"
Midnight Cowboy* (no Brasil, com o título "Perdidos na Noite") foi lançado em 1969. O filme, premiado com o Oscar no ano de 1970, mostra o sonho que tem Joe Buck, um texano do interior do Estado, de ser bem sucedido em uma cidade grande.
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Midnight Cowboy - Harry Nilsson - Everybody's talkin'
Fonte: youtube https://www.youtube.com/watch?v=5zHVFXorF38
Em Nova Iorque, cidade na qual ele se instala, Joe Buck se depara com a solidão das pessoas, a inexistência de cumplicidade afetiva entre os seus moradores, e, especialmente, com a pobreza que lá também havia. É interessante notarmos que essas constatações e esses enfrentamentos não são localizados, mas universais. Nos Estados Unidos, assim como em todos os países de qualquer continente, há o submundo, há os invisíveis, há os fracassados. O mesmo país que, em 1969, mostrava na TV a conquista da lua, mostrava também, nas telas dos cinemas, um homem vestido de cowboy, deambulando pelas ruas de Nova Iorque, acreditando que poderia sobreviver como garoto de programa. Mas o tempo foi mostrando ao interiorano que a vida na cidade grande não era tão fácil e acolhedora quanto ele imaginava.
Depois de rever o filme, fiquei com a impressão de que tanto para as cidades grandes e desumanas quanto para as cidades pequenas e aparentemente solidárias a situação é a mesma: se em "Everybody's talkin'", uma das canções da trilha sonora de Midnight Cowboy, o autor diz que "todos estavam dirigindo a palavra a ele, mas ele ouvia apenas os ecos de sua própria mente", percebo que essa forma de conversar é uma característica existente nas relações do nosso tempo. Ao que me parece, assim como fazia Joe Buck, e assim como faziam os que dirigiam a palavra a ele pelas ruas de Nova Iorque, em Midnight Cowboy, os pretensos diálogos de nosso tempo, travados pelas ruas, calçadas e linhas de comunicação, excluídos os estritamente comerciais, têm se prestado unicamente a traduzir os pedidos de atenção, ajuda e carinho que fazemos uns aos outros.
Depois de rever o filme, fiquei com a impressão de que tanto para as cidades grandes e desumanas quanto para as cidades pequenas e aparentemente solidárias a situação é a mesma: se em "Everybody's talkin'", uma das canções da trilha sonora de Midnight Cowboy, o autor diz que "todos estavam dirigindo a palavra a ele, mas ele ouvia apenas os ecos de sua própria mente", percebo que essa forma de conversar é uma característica existente nas relações do nosso tempo. Ao que me parece, assim como fazia Joe Buck, e assim como faziam os que dirigiam a palavra a ele pelas ruas de Nova Iorque, em Midnight Cowboy, os pretensos diálogos de nosso tempo, travados pelas ruas, calçadas e linhas de comunicação, excluídos os estritamente comerciais, têm se prestado unicamente a traduzir os pedidos de atenção, ajuda e carinho que fazemos uns aos outros.
Everybody's Talkin' (Fred Neil) Everybody's talking at me I don't hear a word they're saying Only the echoes of my mind People stopping staring I can't see their faces Only the shadows of their eyes I'm going where the sun keeps shining Thru' the pouring rain Going where the weather suits my clothes Backing off of the North East wind Sailing on summer breeze And skipping over the ocean like a stone Everybody's talking at me I can't hear a word they're saying Only the echoes of my mind I won't let you leave my love behind No, I won't let you leave… Won't… ah-haaaa!... I won't let you leave my love behind | Todo Mundo Falando Todo mundo está falando comigo Eu não ouço nenhuma das palavras que estão dizendo Apenas os ecos da minha mente Pessoas paradas olhando Eu não consigo ver seus rostos Somente as sombras dos seus olhos Eu estou indo onde o sol continua brilhando Através da chuva torrencial Indo onde o tempo se adapte às minhas roupas Recuando do vento Nordeste Navegando na brisa de verão E saltando sobre o oceano como uma pedra Todo mundo falando comigo Eu não nenhuma das palavras que estão dizendo Apenas os ecos da minha mente Apenas os ecos da minha mente Não vou deixar que você deixe o meu amor pra trás Não, eu não vou deixar você sair ... Não ... ah-haaaa! ... Não vou deixar que você deixe o meu amor pra trás ... |
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*"Midnight Cowboy" (Perdidos na Noite) - EUA, 1969. Dir.: John Schlesinger
Elias, esse filme e essa música por muito tempo fez parte da trilha sonora da minha vida!!! Eu aqui em SP sozinha, procurava nas ruas por onde eu passava pelo menos um rosto amigo ou conhecido, que eu pudesse dizer simplemente um Oie...
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