("Crazy" - Patsy Cline)
Uma das estações
de rádio que gosto de ouvir enquanto estou trabalhando pelo computador chama-se
SKY.FM-OLDIES[2].
Tem um bom astral. Em sua programação estão as músicas populares
norte-americanas que fizeram sucesso de 1960 até há poucos anos. Toca Beatles,
Simon & Garfunkel, Judy Collins, Cat Stevens, The Mamas & The Papas, John
Denver, Frankie Valli and The Four Seasons, Johnny Rivers, e por aí vai. Agora
há pouco puseram para tocar “Crazy”, sucesso de Patsy Cline.
Gostei de
“Crazy” desde a primeira vez que a ouvi na trilha sonora de um filme. Logo depois
da sessão de cinema saí em busca do disco para poder ouvir “Crazy” sempre que quisesse.
Eu a cantava, e ainda a canto em casa, acompanhando-me ao violão.
Julio Iglesias
também gravou “Crazy” em seu disco de mesmo nome (Columbia, 1994) – e fez muito
sucesso. Como nunca estive muito atento às suas gravações, só agora descobri
que “Crazy” também foi um dos temas da trilha sonora da telenovela “A Viagem”,
da rede Globo (Dir.: Ivani Ribeiro, 1994).
Do gênero
country, “Crazy” foi composta por Willie Nelson em 1961. Foi também um dos
temas do filme “O destino mudou sua vida”[3] - sobre
a vida de Loretta Lynn, uma grande cantora norte-americana, amiga de Patsy
Cline. É um belíssimo filme que gosto de rever.
Patsy Cline
morreu em um acidente de avião, em março de 1963, aos 30 anos de idade. Sua
gravação de "Crazy", em 1962, fez muito sucesso nos Estados Unidos. Gosto
das duas gravações, a da Patsy Cline e a do Julio Iglesias. Contudo, gosto em
especial da gravação de Beverly D'Angelo, que é a gravação que foi escolhida
para a trilha sonora do filme.
Mas como toda
história de vida é única, todo artista coloca muito de si mesmo nas gravações
que faz. Tanto a história da Patsy Clyne quanto da Loretta Lynn - e do Julio
Iglesias - são interessantes. Cada história traduz um estilo de vida ilustrando
os traços de um tempo. E nós, ao ouvirmos essas gravações, inevitavelmente
somos levados a nos perguntar:
- "Qual
delas é melhor? qual traduz com maior coerência a emoção da música refletida no
estilo de vida pessoal transmitido pelo artista?"
Talvez a
resposta a essas perguntas esteja na combinação do nosso perfil pessoal com as
imagens que cada interpretação suscita...ou então, pensando bem, não há
gravação melhor ou pior, mais ou menos coerente: cada uma, assim como cada um
de nós, tem a beleza (e a loucura) própria de seu tempo.
(Capa da disco da trilha sonora do filme. Na imagem, Loretta, a personagem da Sissy Spacek - em: http://theband.hiof.no/band_pictures/coal_miners_daughter.jpg)
26/março/2014
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