("A cyclist on the beach" - França, Nord-Pas-de-Calais - postada no facebook por Lincoln Franco - fonte: https://500px.com/photo/135174331/the-cyclist-by-winterlight-photography )
"A Terra é azul"
(Yuri Gagarin)
Meu Deus... Que música! Que interpretação! Música e interpretação desesperadoramente lindas! Lindas e tristes ao mesmo tempo.
De onde veio tanta inspiração?
De onde veio tanta inspiração?
(CLIQUE NA SETA PARA OUVIR)
https://www.youtube.com/watch?v=TZUVSb4gF8I
(Mercedes Sosa - "Azul Provinciano", de Pancho Cabral)
Ao ouvir "Azul Provinciano", na interpretação da Mercedes Sosa, tenho vontade de conseguir me alojar na mente do autor.
Não, não na mente. Pois "mente" implica em raciocínio, em elaboração que produz resultado. Não, não me serviria o racional. Meu anseio seria a detecção do instinto, do estágio primitivo, natural e irracional. Seria necessário adentrar na alma do autor. Na alma, onde, originariamente, os sentimentos e as sensações fluem sem elaboração. Somente instalado em sua alma eu poderia descobrir onde ele se encontrava e o que sentia quando a compôs. Queria poder sentir o mesmo...
Procuro compreender o estímulo interior que o levou a compô-la. Para onde olhava? O que enxergava?
Estava acompanhado? Não, não creio que houvesse alguém ao seu lado. As atenções não poderiam estar divididas.
Estava triste? Não, não poderia estar. O azul ao seu redor não permitiria isso...
Estava inteiramente feliz? Também não creio que estivesse. O azul natural inspira beleza. E o belo, se verdadeiramente belo, faz doer. A felicidade não é dotada de exclusividade.
Ele olhava para o azul, para o encontro do céu com a Terra. Via andorinhas, ouvia sinos, vidalas de adeus.
E nesse estado, estava tomado de luz e de humanidade.
Certamente estava só! Só e iluminado!
Pois estando assim, iluminado, o homem se engrandece, ascende ao infinito e embeleza o universo - como ocorreu com Pancho Cabral ao compor "Azul Provinciano".
Não, não na mente. Pois "mente" implica em raciocínio, em elaboração que produz resultado. Não, não me serviria o racional. Meu anseio seria a detecção do instinto, do estágio primitivo, natural e irracional. Seria necessário adentrar na alma do autor. Na alma, onde, originariamente, os sentimentos e as sensações fluem sem elaboração. Somente instalado em sua alma eu poderia descobrir onde ele se encontrava e o que sentia quando a compôs. Queria poder sentir o mesmo...
Procuro compreender o estímulo interior que o levou a compô-la. Para onde olhava? O que enxergava?
Estava acompanhado? Não, não creio que houvesse alguém ao seu lado. As atenções não poderiam estar divididas.
Estava triste? Não, não poderia estar. O azul ao seu redor não permitiria isso...
Estava inteiramente feliz? Também não creio que estivesse. O azul natural inspira beleza. E o belo, se verdadeiramente belo, faz doer. A felicidade não é dotada de exclusividade.
Ele olhava para o azul, para o encontro do céu com a Terra. Via andorinhas, ouvia sinos, vidalas de adeus.
E nesse estado, estava tomado de luz e de humanidade.
Certamente estava só! Só e iluminado!
Pois estando assim, iluminado, o homem se engrandece, ascende ao infinito e embeleza o universo - como ocorreu com Pancho Cabral ao compor "Azul Provinciano".
Azul Provinciano (Ay Este Azul) (Pancho Cabral) Ay, este azul Que les quiero contar como fue Por momentos se queda en mi piel Ilustrándome el paisaje aquel. Ay, este azul Golondrina que vuelve otra vez Musicando mi zaguán de ayer A esperarme de barco en la sed. Ay, este azul Provinciano se quiebra en mi voz Como antigua vidala en adiós Como un breve puñado de sol. Ay, este azul Ay, este azul Ay, este azul Que ha llegado a iniciarme en la luz Con campanas de asombro tal vez Habitando lo que nunca fue. Ay, este azul, este azul Es un verde también Resolana brillando en el pez Con un silbo enredado en la piel. Ay, este azul Solo quiere quedarse en mi voz Como un duende mojándome Y en vez Este azul es un niño tal vez | Azul Provinciano (Ai Este Azul) Ai, este azul Eu quero lhes contar como foi Por momentos fica na minha pele Ilustrando aquela paisagem. Ai, este azul Andorinhas que voltam outra vez musicando meu corredor ontem a me esperar no barco na sede. Ai, este azul Provinciano se quebra na minha voz Como antiga "vidala" no adeus Como um breve punhado de sol. Ai, este azul Ai, este azul Ai, este azul Que há chegado a introduzir-me na luz Com sinos de assombro talvez habitando o que eu nunca fui Ai, este azul é um verde também "Rosolana" brilhando no peixe Com um apito amaranhado na pele. Ai, este azul só quer ficar com minha voz como um duende molhandome e em vez Este azul é um menino talvez |
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