Quando o mundo se viu diante do holocausto, na Segunda Guerra Mundial, os líderes de 51 países reuniram-se em Chicago e fundaram a Organização das Nações Unidas - ONU.
Antes disso, ao final da Primeira Guerra Mundial, em 1919, uma organização com o mesmo perfil da ONU havia sido criada: a Liga das Nações. Seu objetivo principal era tornar-se um fórum, onde representantes das nações participantes pudessem discutir e propor soluções diplomáticas e eficazes para a resolução de conflitos em todo o mundo. Porém, a Liga das Nações fracassou em seus propósitos. Por ausência de respaldo popular, inclusive, ela não conseguiu conter a deflagração de uma outra grande guerra: a Segunda. Assim que, pelo seu fracasso, a Liga das Nações foi substituída em seus propósitos pela Organização das Nações Unidas - a ONU.
Fundada em 24/outubro/1945, a ONU tem por finalidade colocar-se como um centro de debates das grandes questões da humanidade, direcionando propósitos para a busca de soluções diplomáticas para eventuais conflitos, ou para evitar sua ocorrência.
Questões, tais como as relações entre os países, os valores universais (paz, saúde, vida, segurança, alimento, liberdade, dignidade), aquecimento global, fome, destruição de recursos naturais, conflitos pelos mais diversos motivos (armados ou não), corrupção, instabilidade política, escassez de água, poluição de rios, emissão de gases poluentes, enfim, problemas que afetam diretamente toda a humanidade, podem e devem ser discutidos de forma civilizada na ONU, de tal forma a se encontrar uma solução pacífica para afastá-los.
Ontem, 21/09/21, em Nova Iorque, reuniu-se a Assembleia Geral da ONU. Pela televisão, vi e ouvi manifestações que me causaram desesperança. Percebi que há representantes de grandes nações que ainda não entenderam quais são os objetivos da ONU; que não sabem para quê devem fazer uso da palavra. Há líderes que foram à Assembleia Geral para, além de experimentarem da pizza nova-iorquina, comentarem exclusivamente sobre suas plantas e os seus jardins ressecados, sem se atentarem para o mundo, a partir de suas próprias janelas. Manifestando de tal forma, demonstraram que não sabem compreender que as suas águas, as suas flores, os seus perfumes e a sua gente, estão inseridos em um universo muito maior.
Ao ouvir ontem, na ONU, discursos e manifestações impertinentes e distantes do foco específico, sem (ao que parece) as devidas instruções dos agentes dos respectivos órgãos internos competentes (isso conseguiria conter impulsos de certos representantes?), fico pensando na pequenez humana dos que ainda não compreenderam que o problema de um, no contexto da ONU, é problema de todos.
Pela continência formal, palmas para Biden.
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